Resignação e o amor

A duras penas aprendi o verdadeiro significado do amor. Amar não é posse, amar também é deixar partir. As vezes somos muito egoístas querendo que o ser amado permaneça sempre em nossas mãos. Mas não podemos permitir que o motivo de nossa adoração cumpra as penas em um cárcere que impomos a ele.
Amar é permitir que outro faça suas próprias escolhas, que siga o caminho que quiser seguir, mesmo que esse caminho implique em uma distância.
Cabe a nós aceitar e se conformar que a felicidade do outro independe da nossa. Não é simples ter esse tipo de atitude, mas deve ser um exercício diário aprendermos a lidar com essas circunstâncias.
Devemos nos contentar com a gratidão do outro, que inúmeras vezes não existe, mas que precisamos crer que possa existir. Devemos nos alegrar com a felicidade de quem se ama em exercer o livre arbítrio, sem que isto gere um conflito ou um desconforto.
 Precisamos ter a consciência que nós algum dia seremos o amor de alguém e sim com toda certeza gostaríamos de "conquistar" essa tal liberdade sem que isso tenha algum peso maior.
A dor sempre há de existir, pois é muito difícil para qualquer ser humano aceitar a rejeição do outro. As vezes procuramos incessantemente um insignificante motivo pro outro não gostar da gente, e as vezes nem mesmo existe alguma razão, porque o sentimento é irracional.
Com todas essas considerações é inevitável não pensar em uma música do Cícero que tem o seguinte trecho " Ah, se tu soubesses, quanto machuca Não Amaria mais ninguém"
Até pouco tempo atrás concordava com isso, mas penso diferente agora:
 Mesmo com tudo isso amaria sim! Amaria porque amo e isso é incondicional em mim. Amaria porque a dor também é amadurecimento. Amaria porque algum dia nesse meu amor despretencioso o ser amado pode enfim escolher me amar também ❤️

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