Voyerismo
Ele a espreitava ao longe.
Com o corpo desnudo,
Consumido pelos amores do cais,
Ela banhava-se nas margens do rio
Com o olhar perdido em águas profundas
Ele observava cada detalhe
Das curvas franzinas
Da triste moça
O seu desejo aumentava
A cada gota que deslizava
Sobre as coxas da jovem
Como um vício do prazer
Tornou-se um hábito
Observa-la todos os dias
Certa vez tomou coragem
Aproximou-se da mulher
Que tanto admirava
Apoderou-se da fragilidade dela
Amou-a com veemência
Partiu
Sem olhar pra trás
Deixando-a com as dores do cais
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